A Presa
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Num local afastado no meio da floresta,
Há uma casa, a Casa da floresta.
A casa onde vivia o pai, Paulo,
A mãe, Ana Rita
E um filho tardio, Pedro, ladino e rabino,
Alegria e cuidados dos pais.
O prazer do Pedro …
(Esquecia-me de falar do cavalito)
Era cavalgar no Ruço pela floresta.
Corria os caminhos que a cruzavam,
Até onde deixava de ser floresta
E se transformava em mata.
Ia-se mais longe por um só caminho,
Serpenteante por entre as sombras das árvores.
O mato era mais denso, escondia perigos
Que a mãe exagerava até ao infinito.
Por medo próprio e como freio para o filho.
Por respeito, ou por medo, regressava.
Há um momento em que a tentação,
De ultrapassar o proibido vence o medo.
A atração pelo abismo é irresistível.
Assim um dia, “seja o que Deus quiser”.
Pedro, chegou ali, fechou os olhos,
Entrou mata dentro num galope louco.
Parou numa clareira soalheira
Onde uma lagoa refletia o sol, e o céu,
No espelho líquido das suas águas,
Da cor de que a luz e o tempo as pintavam.
Desmontou. O Ruço pastava a erva
Sentou-se frente à lagoa. Viu o mar.
As nuvens refletidas já não eram nuvens,
Eram gaivotas, rochedos, barcos a sair e a entrar.
A pequena ondulação provocada pela aragem
Era agora uma ondulação forte,
Deleitosa a lavar com a sua espuma salgada
Os seus pés nus que iam pela areia molhada.
A tarde ia escurecendo e em casa a mãe
Olhava aflita o relógio e o horizonte humedecia.
O pai Paulo chegou e esperou de braços abertos
O salto do filho para o seu colo e … nada.
Deu um beijo à mulher e com os olhos interrogou-a
E a mãe respondeu soltando as lágrimas retidas.
No seu cavalo branco, cabelo ao vento,
Em cavalgada desesperada encontra o filho
Estátua humana fitando o infinito na água da lagoa.
Torna-o á vida. Vão no seu cavalo com o Ruço atrás.
À janela, a mãe inquieta vê-os vir e sorri.
O menino abraça-a e diz – Ó mão era tão lindo!
Desenvolvimento
- Leitura em voz alta e clara do texto, como se fosse contado.
- Leitura do texto, em voz alta e clara, com respostas a perguntas sobre o sentido de algumas palavras.
- Dramatização do texto.
- Contar por desenho/pintura o texto.
- Recontar o texto.
- Dizer frases sobre o texto.
- As frases ditas vão sendo escritas no quadro.
- Leem todas as frases coletivamente.
- Cada um tenta identificar a frase que disse.
- Escolhem uma das frases.
- Na mesa escrevem a frase sem copiar – leem a frase, tapam a palavra (as palavras a escrever) depois de as terem observado bem.
- Na frase escolhida destacam-se duas palavras.
O pai levou o Pedro no cavalo.
- pai Pedro
- Dividem as palavras escolhidas em sílabas
pai – pai Pedro – Pe + dro
- Preenchem o seguinte quadro
- Pe + dro pai
a| pa
e| Pe
i| pi
o| po
u| pu
ãe| pãe
ai| pai
ao| pao
ão| pão
au| pau
ei| pei
eu| peu
iu| piu
õe| põe
oi| poi
ou| pou
ui| pui
- Com as sílabas formadas escrever novas palavras.
- Com as “novas” palavas trabalham com as frases conhecidas.
- Com as frases e palavras conhecidas escrevem textos.
Zé Onofre