Souto 5
5
07/07/972
Novos caminhos.
Que caminhos?
Qual o trilho?
Pescado no saco da sorte e do azar.
Trilho
Em direcção à vida,
Em direcção à morte,
Ou a lado nenhum.
Trilho
Que me leva
À fonte da vida,
À fonte da morte,
Ou a lado nenhum.
Trilho que me leva
À fonte da Esperança,
À fonte do desespero,
Ou a lado nenhum.
Novos caminhos.
Caminhos longos, tão longos
Que em algures
Numa reta, numa curva,
Ou num solavanco do piso,
Guarda o por desvendar.
Caminhos novos,
Ou caminhos velhos?
Caminhos perdidos,
Trocados,
Com futuro,
Abertos,
Fechados.
Na lonjura dos tempos futuros
Nada de novo,
Apenas sombras,
Vindas
Sabe-se lá de onde
De que curva do passado.
No verde dos prados,
No crepúsculo,
Na aurora,
Nada senão o verde,
A luz a fugir para além do mar,
A luz a surgir por detrás dos montes.
Cheguei aqui.
Por que caminhos?
Por que Sonhos?
Por que pesadelos?
Por que artes mágicas?
Cheguei aqui.
Zé Onofre