Por aqui e por ali 121
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2002/02/11, confeitaria Mário, Amarante
Águas correntes,
De mistérios profundos,
Levai-me as lágrimas,
De homem falhado,
Até aos confins do mundo.
Mostrai-lhes,
A cada uma por si,
As grandezas do abismo,
Levai-as além do mar
Onde, dizem,
As praias são morenas.
Águas correntes do rio,
Espelho movediço do meu olhar,
Cumpri, serenas, o vosso destino
Traçado desde a primeira vez
De, eternamente, correrdes até ao mar .
Águas correntes do rio
Não pareis para olhar
Os meus olhos.
Zé Onofre