Souto 33
33
30/04/975
Horas límpidas,
Serenas, suaves,
Fazem desta vida,
Vida calma.
Tempo espelhado
Reflexo sem sentido
Insondável.
Entre o sol e o vento,
As árvores e o céu,
Nestas horas sem tempo,
Levantam-se figuras irreais.
Nestas horas,
Inúmeros cadáveres de tempo,
No negrume das sombras,
Ainda uma réstia de luz,
Desperta o movimento,
Que agigantará o sol e vento,
Espelhará no céu e as nuvens
O ideal de um novo Homem.
Zé Onofre