Penafiel 57
57
11/01/978
Ó criança
Perdida
Nos meandros de teias
Em que te metemos.
És
Lampejo gritado
Nos sons da noite.
És relâmpago
Deslumbrante
De sons em cântico.
És
Presente
Espraiado
Nas margens do futuro.
Canto-te
Cor florescida
No chão
Semeado de pedras.
Canto-te
Som sofrido
No pântano
Semeado de medo.
Canto-te
Bem alto
Alegria que te quero
Das minhas mãos.
Elevamos-te
Bem alto
Alegria das nossas mãos.
Zé Onofre